segunda-feira, 7 de julho de 2008

TERRITORIO-RG A COISA OU A PESSOA?


TERRITÓRIO RG 17 . 278 . 126
a coisa ou a pessoa?
(Dança Contemporânea)

Conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa. Lugar mais ou menos bem delimitado, cuja área pode conter alguma coisa; lugar. Nome, idade, estado, profissão, sexo, defeitos físicos, impressões digitais e etc. O aspecto coletivo de um conjunto de características pelas quais algo é definitivamente reconhecível, ou conhecido: Extensão indefinida onde cada individuo deve se estabelecer de acordo com sua posição social, ponto de encontro, territorizar-se.
Diante de um universo apagado e minúsculo, será capaz o homem de se identificar e descobrir o seu lugar no mundo? Será possível diante de tantas mutações o homem poder dizer quem ele é e em que lugar ele irá se estabelecer? Cada pessoa ou coisa ou grupo social, se caracteriza e se identifica de acordo com o espaço onde ele atua. Cada individuo é livre pra fazer suas escolhas. Em cena essa liberdade vem como uma maldição divina (o livre arbítrio). Muitas pessoas paralisam e, assim, acham que estão livres de escolher. Mas a ‘não ação’, por si só, já é uma escolha. A escolha de adiar a existência, adiando os riscos para não errar e gerar culpa, é uma tônica em nossa sociedade contemporânea.
Negro, índio, japonês, chinês, Branco, travesti, gay, virgem, banco, pedra, são códigos que os homens definiram para melhor se organizarem em grupo, escolherem seus territórios e aguçar suas identidades. Assim diante dessas convenções cada individuo deve (ou deveria) se estabelecer e definir perante a sociedade quem ele é e aonde ele irá se estabelecer.
Mas como hoje o homem pode ser capaz de se identificar?! O individuo é um ser atuante e suas ações sofrem interferências diretas do espaço onde ele atua, criando assim, uma variedade metamorfose de identidade de acordo com o território em que ele se fazer presente.
Num transito os personagens de TERRITÓRIO RG 17 . 278 . 126 a coisa ou a pessoa? se mutam e descortinam a miséria do homem contemporâneo e suas tentativas de ocupar um espaço. Desta forma, o grupo farroupilha busca demonstrar os reflexos da complexa relação do individuo com sua realidade circundante, para então criar sua primeira obra coreográfica. Um espetáculo intimista, divertido, solitário e despretensioso.


FICHA TECNICA:
Direção Coreográfica: João Carlos Cardoso/ Pesquisa Coreográfica: Os interpretes/ Orientação de pesquisa: Cleuciane Ferreira/ Interpretes:, João Carlos Cardoso,Kátia Rozato,Gesse Rosa, Patrícia Leitão e Tuliany Pessoa

Este espetáculo é resultado do grupo de estudos em dança contemporânea do Grupo Farroupilha dentro do projeto “Processo Co-Laboratório – Pensamento em Forma de Movimento” que experimenta o encontro da dança com o teatro entre outras interferências visuais.

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